19 de setembro de 2010

Após três dias repletos de fragilidade, fiquei agradavelmente surpreendida com o mais recente livro de Jodi Picoult, ‘Frágil’.

‘Tudo pode quebrar. Mas algumas coisas doem mais do que outras’. Esta é, certamente, a frase que define e resume a mais recente obra-prima da escritora americana. Esta relata o caso de uma jovem menina, Willow, que sofre de osteogénese imperfeita. Se cair, pode partir as duas pernas e os dois braços e perder mais seis meses da sua vida em recuperação. O enredo resume-se ao processo judicial instaurado pelos pais de Willow contra a obstetra que acompanhou a gravidez da mesma, devido aos problemas financeiros que a sua doença os obriga a enfrentar. O pormenor que falha (ou não) é que essa médica é a melhor amiga da mãe de Willow. Um dilema que nos impede de retirar os olhos da teia narrativa que Jodi desenha! A sua capacidade descritiva consegue ser algo exagerada, mas é através desse exagero que nos é permitido conhecer as personagens de várias perspectivas, deixando o próprio leitor a viver o romance.

Podemos afirmar, para quem já é leitor assíduo das suas obras, que Picoult tem o bom (ou mau) hábito de deixar-nos boquiabertos com os finais! O conto termina, deixando lágrimas nos olhos dos leitores mais sensíveis, pois ficam adormecidos nas fragilidades e ironias da vida.

Filipa Sousa Luz

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